Catolé do Rocha é um município paraibano que faz limites com os municípios de Belém do Brejo do Cruz, Brejo do Cruz, Riacho dos Cavalos, Jericó, Brejo dos Santos, João Dias, Almino Afonso e Patu, estes 3 últimos no Rio Grande do Norte.
Com uma área territorial de 551 km² e uma população de 30.661 habitantes, Catolé do Rocha é conhecida como “a cidade mais verde do sertão da Paraíba“. Quem nasce no município é catoleense.
História
Os historiadores mostram a descoberta destas terras, com os primeiros habitantes, presumivelmente os índios Pegas (ou Degas), Coyacus e Cariris, nos fins do século XVII. As bandeiras do governo Geral e dos capitães Paulistas matavam os índios, requerendo sesmarias de três léguas de comprimento por uma de largura. Eram eles os Garcia D’Ávila, os Rocha Pita e os Oliveira Ledo, que povoaram principalmente a região do rio Agon.
A história registra, no entanto, a presença de habitantes e fazendas de gado desde 1700, quando Dona Clara Espínola, o Conde Alvor, Manoel da Cruz, Bartolomeu Barbosa, requerendo a sesmaria de três léguas para cada um entre os providos de Poty e Riacho dos Porcos e do meio. O governo de então concede a Dona Clara Espínola e a Bento Araújo, terras no sertão de Piranhas e Riacho Agon ou Ogon.
Em 1717, Dona Clara solicita mais três léguas atingindo a corrente fértil, tendo início a colonização desde 1769.
Em 1754, Francisco Dom Vital, descendente de Teodósio de Oliveira Ledo, chega à região, estabelecendo-se às margens do riacho Agon.
O Tenente Coronel Francisco da Rocha Oliveira e sua esposa Dona Brásida Maria da Silva, iniciaram aqui as primeiras edificações, no ano de 1774, com a construção de uma capela em honra de Nossa Senhora do Rosário.
O território compreendia uma extensão de aproximadamente 5.400 km. E como aconteceu em quase todas as cidades e povoações nordestinas que surgiram, o seu início se deu às margens de riachos e nascentes ou subsolos que apresentavam condições favoráveis para o abastecimento d’água. Com Catolé não foi diferente: o seu início foi às margens do Riacho Agon ou Ogon ou ainda Yagô, onde havia água farta mesmo nos anos de estiagem.
Logo após a sua chegada, o tenente tratou de explorar a parte de terra que lhe cabia, organizando plantações, construindo fazendas para criação de gado, casas residenciais, como também a construção de uma capela no local onde hoje é a Avenida Américo Maia, próximo ao Banco do Nordeste, denominada Capela do Rosário. Anos depois, a capela do Rosário foi demolida para a abertura de novas avenidas, e foi construída a Igreja matriz, sob a invocação de Nossa Senhora dos Remédios.
O município conta com uma capela no sítio de Conceição, sendo a padroeira Nossa Senhora da Conceição, segundo os historiadores, foi a 1ª capela construída no município.
Após a construção da igreja de Nossa Senhora do Rosário, em fins do século XVIII, o lugar teve um surto de desenvolvimento, com o surgimento de algumas construções que marcaram a época como: o prédio da Coletoria Estadual, um sobrado com a fachada revestida de azulejos trazidos de Portugal, o prédio da Intendência a antiga Prefeitura, onde hoje funciona o Projeto Arte de Viver, o sobrado de Américo Maia onde funciona dois Cartórios e a Rádio Panorama FM, o sobrado Coronel Valdivino Lobo, já demolido, a Casa de Caridade, depois Colégio Leão XIII, atualmente Centro de Catequese e Pastoral.
A toponímia Catolé do Rocha deve-se a abundância de uma palmeira nativa, de nome Coco Catolé, e Rocha, uma homenagem ao seu fundador que tinha sobrenome Rocha. Alguns historiadores, afirmam também, ser costume de se referir a uma localidade, utilizando o nome de seu dono, acreditam também, por haver outra localidade com o nome de Catolé, costumeiramente se referiam a “Catolé dos Rochas” por pertencer ao Tenente Francisco da Rocha.
A autonomia administrativa de Catolé do Rocha começa a se concretiza em 1835 quando o então governador Manoel Maria Carneiro, presidente da província da Paraíba, através da Lei Provincial nº. 5 de 26 de maio de 1835, cria a Vila Federal de Catolé do Rocha.
Em 1935, 100 anos depois, pelo Decreto de 21 de janeiro de 1935, é elevada à categoria de cidade.
Atualmente
Catolé do Rocha é uma das cidades polos mais importante do Sertão Paraibano e sua economia é baseada na agropecuária, comércio e indústrias. Nos últimos anos foram criadas diversas empresas principalmente nas áreas têxtil e de alumínio, gerando emprego e renda para seus moradores.
Na Educação, além das escolas públicas, tanto estaduais como municipais, conta com várias escolas particulares, entre elas, podemos destacar o Colégio Normal Francisca Mendes, Colégio João Agripino Filho, Colégio Técnico Dom Vital e o CEAC. Conta também com a presença da rede federal de ensino IFPB – Campus Catolé do Rocha, e de um campus da UEPB (campus IV), onde se localiza a Escola Agrotécnica do Cajueiro.
Na área da saúde o município conta com diversas clínicas, SAMU e dois hospitais, sendo o Hospital Regional Dr. Américo Maia de Vasconcelos e o Hospital Infantil Ermina Evangelista.
A cidade abriga ainda o 12º Batalhão de Polícia Militar, a 2ª Companhia Independente de Bombeiros Militar, a 18ª Delegacia Seccional de Polícia Civil, o Fórum Des. João Sérgio Maia, uma Comarca do Ministério Público da Paraíba, o Fórum Eleitoral da 36ª Zona, uma Vara do Trabalho e uma agência do INSS.
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