O Rio Grande do Sul confirmou, na noite desta quinta-feira (22), mais duas mortes por leptospirose em razão das cheias que atingem o estado desde o final de abril. Com isso, o total de vítimas por causa da doença chega a quatro.
As vítimas mais recentes são dois homens. Um deles, de 56 anos, vivia em Cachoeirinha. O homem morreu no dia 19 de maio. O outro tinha 50 anos, morava em Porto Alegre e morreu no dia 18.
As primeiras vítimas foram Eldo Gross, de 67 anos, morador de Travesseiro, e um homem de 33 anos, de Venâncio Aires. Os dois óbitos ocorreram no dia 17 de maio. Além disso, o estado tem outras quatro mortes em investigação e 54 casos confirmados de leptospirose por causa das enchentes.
- Casos confirmados: 54
- Óbitos: 4 (Travesseiro, Venâncio Aires, Porto Alegre, Cachoeirinha)
- Óbitos em investigação: 4 (Encantado, Sapucaia, Viamão e Tramandaí)
Segundo a Secretaria Estadual da Saúde (SES), outros casos e óbitos já haviam sido registrados mesmo antes do período de calamidade pública enfrentado pelo RS. De acordo com dados do Ministério da Saúde, até 19 de abril, o estado tinha somado seis mortes e 129 casos.
O Rio Grande do Sul registra 163 mortes em razão dos temporais e cheias que atingem o estado desde 29 de abril. Em boletim divulgado às 18h desta quinta-feira (23), a Defesa Civil ainda informou que 64 pessoas estão desaparecidas.
Leptospirose
A leptospirose é uma doença infecciosa causada pela Leptospira interrogans. Ela é transmitida a partir da exposição direta ou indireta à urina de animais infectados, principalmente roedores.
Em situações de enchentes e inundações, a urina dos ratos, presente em esgotos e bueiros, mistura-se à enxurrada e à lama das enchentes. Qualquer pessoa que tiver contato com a água das chuvas ou lama contaminadas poderá se infectar. A bactéria presente na água penetra o corpo humano pela pele ou mucosa. Bovinos, suínos e cães também podem adoecer e transmitir a leptospirose aos humanos.
Embora na maioria das vezes a leptospirose seja assintomática, o quadro da doença pode evoluir e causar até mesmo a falência de órgãos. Segundo o Ministério da Saúde, a doença apresenta uma letalidade média de 9%.
g1